O comércio eletrônico em 2015
Estamos em 2015. O mês é setembro e as empresas preparam seus parques tecnológicos para o Natal que este ano promete arrebentar. Em 2014 foram R$ 45 bilhões movimentados na Internet, parte em função da Copa do Mundo.
Por falar em Copa do Mundo, nosso atual presidente da república, cumprindo o seu terceiro mandato vangloria-se dos números dizendo: “Como nunca antes na história deste país, o povo comprou tanto pela Internet.” – E de fato é verdade, o programa de Internet Popular do governo federal fez com que no Brasil surgisse uma nova classe de compradores virtuais, que preferem comprar na padaria a partir de seus celulares do que sair de casa para fazer compras. Essa mania pegou nas grandes metrópoles, mas no interior ainda não houve grandes mudanças.
A Televisão aberta vive um momento de guerra por audiência. Brigam empatados pelo primeiro lugar a TV Globo, a TV Record e o YouTube que já vem instalado em todos os novos aparelhos de TV comercializados no país. As televisões estão mais inteligentes e armazenam os dados dos seus usuários, permitindo que os comerciais sejam segmentados. Essa inovação também fez crescer o Google TV Rating, que no Brasil está colocando em xeque os números apresentados pelo Ibope na mensuração da audiência.
Durante o intervalo da final do campeonato brasileiro no ano passado, 35% do tempo vendido em comerciais foram comprados por lojas virtuais e no UFC Rio deste ano, mais de 50% do espaço foi vendido a lojas virtuais. O comércio eletrônico já está dominando a televisão que por conta desta tendência está dando cada vez mais espaço a programas ligados a tecnologia e até os jornais estão ensinando como comprar pela internet.
A propósito, o comércio eletrônico está muito diferente de como fazíamos em 2011. Naquela época usávamos nosso notebook ou desktop e pagávamos no cartão de crédito. Hoje 50% das transações on-line são feitos pelo celular e pagos via SMS, um novo meio de pagamento criado no Brasil pelas operadoras de telefonia em face ao descaso dos bancos com a segurança no cartão de crédito para transações on-line.
Os grandes sites dominam 80% do comércio eletrônico. Dos grandes varejistas, aqueles que atuam estritamente no interior ainda podem se dar ao luxo de não ter um portal de comércio eletrônico. Aliás, o comércio eletrônico se profissionalizou e hoje em dia é muito difícil encontrar espaço para amadores neste mercado. As empresas investem mais verba em publicidade on-line e divulgação de suas lojas virtuais do que no mundo real.
O sistema de leilão de anúncios praticado pelo Google e outros portais está saturado. Como o custo do clique chegou a valores astronômicos e impossíveis para aos pequenos comerciantes, não importa mais o que você procura, você sempre chega as páginas de uma das treze mega corporações mundiais.
Na área de buscadores, surgem novos sistemas, baseados em um novo modelo de negócio: eles curiosamente não aceitam a entrada de links patrocinados de grandes empresas. É um mundo underground dos pequenos que vem ganhando força a cada mês com novos adeptos cansados de pesquisar no Google e cair sempre nos mesmos 13 players do mercado.
Os sites de compras coletivas se restringiram a ofertas de restaurantes e turismo e uma nova febre está começando a surgir, as cooperativas de anúncios, elas permitem aos pequenos lojistas virtuais divulgar seus produtos em grandes portais como UOL, Google, Mercado Livre, Facebook, Twitter e Buscapé no modelo cooperativa, fazendo frente aos grandes anunciantes já que compram espaços no atacado e distribuem entre seus cooperados. Uma das pioneiras neste negócio e hoje líder de mercado é o Alameda Shop (www.alamedashop.com.br), que domina 70% deste negócio.
E o que eu posso dizer daqueles que não acreditaram no comércio eletrônico há 4 anos, digo, em 2011? Ou estão localizados longe das grandes metrópoles ou estão desesperados atrás de alguém para fazer sua loja virtual.
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